Resumo da História da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo

A Maturidade

Em 1945 a Corporação já possuía 5 viaturas, entre as quais um “ magnífico pronto-socorro “, o primeiro em Portugal dotado de um sistema de transformação de águas em espuma atmosférica. Em 1956 compraram uma nova auto maca e no dia do 28º Aniversário, receberam a nova viatura de combate a fogos. Na cerimónia de entrega, o Inspector de Incêndios da Zona Sul, Tenente-coronel Luis Ribeiro Viana, afirmou “ ser esta corporação uma das mais bem organizadas da sua zona “.

Em 1962, adquiriram um pronto-socorro adaptado ao nevoeiro, cuja necessidade já se fazia sentir. Em 1963 o parque de viaturas compreendia já seis carros de combate a incêndios e duas auto macas para o serviço de saúde. Em 1974 recebe um dos veículos do Serviço Nacional de Ambulâncias.

O apetrechamento material, a ampliação das instalações e o aperfeiçoamento técnico, constituíram, a resposta adequada a uma actividade em constante crescimento.

Em 1957 fixou uma tabela de preços do transporte de doentes, sendo o preço do quilómetro de um escudo e cinquenta centavos. Em 1967 já tinha sido aumentado para dois escudos.

Na década de 60 e até meados da década de 70, agudiza-se, em Montemor e na região, o problema da falta de recursos humanos, inclusive nos próprios bombeiros, motivado pelas difíceis condições de vida da região que levava os homens a emigrar para as zonas industriais de Lisboa e Setúbal, mas também pelo decorrer da Guerra Colonial.

Uma das soluções encontradas foi a constituição, em 1971, do Corpo Auxiliar Feminino, que integrava, inicialmente, nove elementos. Com uma actuação de retaguarda, na época dos incêndios e no desempenho de tarefas administrativas e outras tarefas burocráticas, ajudavam através do seu valoroso trabalho e abnegado desempenho, a suprir as necessidades de pessoal.

As transformações profundas ao nível do Estado e da sociedade decorrentes do golpe militar de 25 de Abril de 974, atingiram inevitavelmente as associações de bombeiros voluntários, provocando alterações no seu funcionamento interno, mas sobretudo no relacionamento com os organismos governamentais e as autarquias locais.

Em Montemor assiste-se a um aumento do número de sócios, chegando aos 850 em Janeiro de 1975 e aos 2.200 em Fevereiro de 1982.

São aplicadas novas regras de funcionamento nos serviços da associação e do Corpo Activo, registam-se e escrituram-se todos os serviços, actos administrativos e movimentos de verbas, ofertas. Começam a definir-se horários de trabalho, e começa a estruturar-se a orgânica do quadro permanente. Melhoram-se as condições de funcionalidade do quartel.

As rápidas transformações económicas e sociais, aliadas à evolução material e tecnológica e às modificações climatéricas, provocaram, nas últimas décadas, um crescimento cada vez mais célere da actividade. Em relação aos incêndios, os Voluntários montemorenses combateram: 34 em 1979, 78 em 1993; e 166 em 2002. Na área da saúde, prestaram os seguintes serviços: 1.520 em 1979; 5.860 em 1993; e 12.147 em 2002 – incluindo emergências médicas, tratamentos e consultas.

Para fazer face a este crescimento de ocorrências, também foi sendo melhorado e aumentado o parque de viaturas, com a aquisição de ambulâncias, viaturas de transporte de doentes, carros de fogo, autotanques, viaturas de desencarceramento, barcos, etc…

Também o Corpo Activo foi crescendo. Em 1981 era constituído, além do Comando, por 56 elementos, “ cuidadosamente preparados para enfrentar as mais diversas e difíceis situações “. Em 1990 o seu número atingia os 64 elementos. Em 1997 eram cerca de 70. Em 2002 atingiam os 84 elementos.

In “ Associação dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo ( 1930-2005 ) “, autoria: Dra. Teresa Fonseca, edição: Edições Colibri / Associação dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo 05.2005

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